terça-feira, 18 de março de 2008


No momento, lembranças vivas

Penso em todas as pessoas importantes
Estão vivas rindo brincando sussurando
Em meu ouvido

Quem sabe um dia, longe daqui
Eu me lembre de
Você ou
Vocês todos

Mas temos que nos afastar
Cada um em busca do seu
Espaço, para ter seu sustento.

Mas quer saber?
Dinheiro não valerá nada
Se eu estiver em
Uma cobertura vendo o mar de prata

As ruas desertas, o silêncio
Rompido por carros de som
Som sem eco, sem vida, só impacto estéril
E o silêncio será recorrente

O vento frio batendo
Só.

quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

Estudar, “que coisa de nerd”

Varias pesquisas revelam um retrato animalesco da nossa realidade educacional, o Brasil está muito atrás dos países desenvolvidos e emergentes.

Felizmente, essas pesquisas ainda não detectaram que nós, sábios brasileiros, além de não sermos cultos, somos em nossa maioria aversivos à maior parte das áreas realmente importantes do conhecimento. Específicamente, conhecimento qualificante ao mercado de trabalho (Matematica, Física, Quimica, Biologia etc).

Ao mesmo tempo, valorizamos e praticamos, excessivamente; modismos de consumo, de estilo, postura moral relaxada, “gírias” artificiais que são lançadas em veículos massificantes etc.

A escola pública brasileira é um campo de concentração de cérebros.A conduta na escola deve ser muito reservada para aqueles que querem se preservar.

Se você responde a alguma pergunta e ganha elogios do professor, acaba despertando revolta dos outros espécimes, pois a falta de confrontabilidade deles os leva à inveja.

Resumindo, pessoas inteligentes no meio de idiotas optativas, são estigmatizadas.

Perguntar a respeito do conteúdo acadêmico mesmo durante a aula é um convite ao achincalhamento.

Ser estudioso é coisa de fracos. Os bons soltam pipas, jogam bola na rua o dia todo, ou até mesmo vão aos bailes do tráfico. Trabalhos escolares são eternamente facultativos e quando executados, são de péssima qualidade, fruto do empenho débil.

Esse é o mundo acadêmico do qual tentei emergir.

Não estudei em escolas privadas durante o ginásio.

Não posso avaliar a rede particular de ensino, mas bem sei que no Brasil, tudo que é público, só funciona na base da pressão. Tudo que é privado, dá lucro e funciona corretamente.

O Brasil está num ciclo vicioso em que a falta de educação nos impede de ampliá-la.

E como se faz um ciclo entrar em espiral? Borrifando pergume ou aplicando golpes?

Sem escolas de verdade não há futuro, sem futuro, o que vier é lucro, e assim vamos marchando gerando lucros para as multinacionais da tríade (USA, EU, JP) e ensaiando uma ridicula competição no mercado agrícola internacional. Realmente, somos e seremos a roça do mundo.

quarta-feira, 28 de novembro de 2007

Ed. 09 - Concorrência Internacional e seus efeitos assimétricos na Economia nacional.


Nesse tópico pretendo abordar a influencia das relações geo-políticas mundias em diferentes estados brasileiros.


Temos sofrido uma avalanche de manufaturados chineses em nossas prateleiras.

A competitividade dos produtos chineses está baseada no tripé: pouco salário, muita gente e câmbio favorável administrado.

Pagar um operario chinês é em média bem mais barato do que pagar um operário brasileiro. Sendo o custo produtivo um dos fatores determinantes na decisão dos empreendedores internacionais, e por que não dizer de qualquer investidor, a China acaba recebendo uma verdadeira avalanche de dólares. Gastando menos com salários, o preço final é menor e a lucratividade aumenta.

Inclúe-se tambem nessas condições a Índia.

A concorrência do mundo captalista faz com que as tensões se acumulem e resultem em um equilíbrio dinâmico e conflituoso.

Um dos estados brasileiros mais afetados pela invasão dos produtos chineses, especialmente dos calçados, foi o Rio Grande do Sul.

Em 2004 só no Rio Grande do Sul concentravam-se aproximadamente 37% das 7.500 fábricas de calçados do País.

Juntamente com a quebra de safra em 2004 e a desvalorização do dólar, a invasão chinesa prejudicou a economia gaúcha de maneira importante.

Uma das maiores e mais importantes empresas de calçados do país, a Reichert Calçados, no Rio Grande do Sul, não resistiu à desvalorização do dólar e anunciou que fecha suas portas em julho, com a demissão de 4 mil trabalhadores.

A desvalorização do dólar se deve a dois fatores: O bom desempenho das exportações brasileiras culminando com o superávit comercial gerado, em parte pela exportação de Aço por exemplo, quem tem o preço puxado pela demanda chinesa.

Um estado como o Espírito Santo, onde opera a CST, tem um salto de arrecadação que com certeza terá um impacto nas finanças públicas.

Uma coisa é importante lembrar, chinês não tem direitos, será que precisaremos perder os nossos em nome da competição?

segunda-feira, 17 de setembro de 2007

Ed. 07 - E aí guia? Como anda o seu amigo?


Lula se irritou ao ser questionado, por jornalistas na noruega, sobre o que achava da absolvição de renan calheiros (não errei, é com minúscula mesmo).

Eu tambem me irritaria se eu fosse questionado a respeito de um aliado que se tornou antagônico na visão de toda a nação.

Quando eu falo toda a nação, caro senhor Predisente (agora com maiúscula), espero que perceba o peso da expressão. Apesar de infelizmente, a nação ser composta, na minha visão, pelos brasileiros alfabetizados que se preocupam com a política do país. Imagino que o número de espécimes seja reduzido graças ao exelente trabalho do MEC.

Viaje meu caro, espalhe por toda a europa a imagem do Brasil Faraônico.

Melhor pra mim, melhor pra ti, melhor pros barões da novíssima “república”.

quinta-feira, 13 de setembro de 2007

Ed. 06 - Absolvido, democracia vai pro espaço.


Festivais constantes de impunidade estão manchando a imagem das instituições, e recentemente o Senado, como um todo.

Todos os dias nós recebemos provas de que a opinião pública não tem importância. Nossos representantes faltam às reuniões, votam corporativamente, colocam as demandas do país em segundo plano e provam, cada vez mais, que o regime democratico nesse país não deu certo.

Não deu certo pois nunca soubemos o que queríamos, em nosso individualismo, sempre nos trancamos um um universo pessoal fechado onde falar do país é coisa de nerd e/ou de pessoas chatas. Realmente, eu sou chato.

Legal e gente boa é o senhor Renan Calheiros que administra, na presidência do senado, verbas que saem do seu bolso, “pessoa-legal-que-não-discute-política”.

Vergonhoso alguem com tantas evidências de indignidade não perder a presidência do senado e sequer renunciar para manter a imagem institucional.

Sabe o que eu penso disso tudo?

O BRASILEIRO NÃO DEBATE POLÍTICA, ENTÃO MERECE SOFRER PELO SEU PROPRIO DESCASO.

segunda-feira, 10 de setembro de 2007

Ed. 05 - Para ler e refletir, senhores democratas...


1. País democratico.

2. Todo o voto tem o mesmo peso.

3. Todas as pessoas participam igualmente da política.

4. Todas as pessoas têm a mesma capacidade intelectual.

5. Todas as pessoas têm o mesmo poder de influência.

6. Todas as pessoas têm o mesmo poder econômico.

7. As pessoas são Éticas, o exemplo não precisa vir de cima.

8. Não existe um canal de TV monopolista.

Vamos ver como está o nosso país: confere, confere, não, não, não, não, não e não.

Combine isso a um país secularmente oligáquico onde as pessoas acreditam que a democracia concessionada pela ditadura decadente é autêntica.

Combine a isso tudo um estado democratico descentralisado, corrupto e que abocanha uma parte enorme das riquezas do país simplesmente para se manter funcionando.

Um grande problema é a covardia das ovelhas que não querem sangue de revolução, mas são lavadas, com o sangue diário, da violência que é fruto do indesenvolvimento econômico.

sábado, 8 de setembro de 2007

Ed. 04 - Para ler e refletir, senhores eleitores...


Nas eleições de 2002, elegemos um novo líder, um novo salvador da pátria que, segundo muitos otimistas, faria uma verdadeira revolução. Ele ganhou, mudou o discurso, acalmou os mercados especulativos e instaurou a manutenção do regime liberal de metas de inflação e superavit primário.

E qual a relação dessas medidas com o nosso cotidiano? Sou leigo no assunto então, corrijam-me os economistas e professores de português.

Para cumprir as metas de inflação, o governo tenta sufocar a demanda com juros altos, isso endivida a população e compromete o poder de compra da massa salarial enriquecendo os bancos (que nunca lucraram tanto na história). Essa é a arma do nosso grande lider.

Em relação ao superavit ptimario, ele nada mais é do que o dinheiro que o governo toma de você e não reinveste em você. É usado no rolamento da dívida pública que em dezembro de 2006 ultrapassou R$ 1 Trilhão. Esse dinheiro deixa de ir para o posto de saúde, para a creche, para as estradas, para defesa nacional e para o equipamento das polícias. O pior é que esse superávit está sendo de 4.25% do PIB, levando em conta que a arecadação da união é de aproximadamente 37% do PIB, vemos uma bela parcela dos impostos indo pelo esgoto enquanto os grandes fiadores do governo, lucram como nunca.

Mas o nosso líder é um exelente malabarista, esse faz isso tudo e ainda mantem uma rede assistencialista que se não for a maior, é uma das maiores do mundo, tanto é que ele se reelegeu agora em 2006 mantendo o PT no poder por mais um tempo.

Enquanto isso, o capital humano vai sendo lapidado apenas pelo sistema educacional privado perpetuando as disparidades entre pobres assistencialisados, e ricos.

Outros países estão nos passando graças à educação. As regiões mais prósperas em nosso país são as que têm a educação mais forte, claro que é uma relação de mão dupla.

“Estou convencido de que nunca antes na história desse país” estivemos mais do que na hora de investir na educação, desde o primário até o ensino médio.

Falando nisso... lembrei das cotas, que vergonha. Vou ter que aderir a esse “direito” pois competindo contra os cotistas, será um confronto de forças definitivamente desiguais.

PDT na veia xD.