quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

Estudar, “que coisa de nerd”

Varias pesquisas revelam um retrato animalesco da nossa realidade educacional, o Brasil está muito atrás dos países desenvolvidos e emergentes.

Felizmente, essas pesquisas ainda não detectaram que nós, sábios brasileiros, além de não sermos cultos, somos em nossa maioria aversivos à maior parte das áreas realmente importantes do conhecimento. Específicamente, conhecimento qualificante ao mercado de trabalho (Matematica, Física, Quimica, Biologia etc).

Ao mesmo tempo, valorizamos e praticamos, excessivamente; modismos de consumo, de estilo, postura moral relaxada, “gírias” artificiais que são lançadas em veículos massificantes etc.

A escola pública brasileira é um campo de concentração de cérebros.A conduta na escola deve ser muito reservada para aqueles que querem se preservar.

Se você responde a alguma pergunta e ganha elogios do professor, acaba despertando revolta dos outros espécimes, pois a falta de confrontabilidade deles os leva à inveja.

Resumindo, pessoas inteligentes no meio de idiotas optativas, são estigmatizadas.

Perguntar a respeito do conteúdo acadêmico mesmo durante a aula é um convite ao achincalhamento.

Ser estudioso é coisa de fracos. Os bons soltam pipas, jogam bola na rua o dia todo, ou até mesmo vão aos bailes do tráfico. Trabalhos escolares são eternamente facultativos e quando executados, são de péssima qualidade, fruto do empenho débil.

Esse é o mundo acadêmico do qual tentei emergir.

Não estudei em escolas privadas durante o ginásio.

Não posso avaliar a rede particular de ensino, mas bem sei que no Brasil, tudo que é público, só funciona na base da pressão. Tudo que é privado, dá lucro e funciona corretamente.

O Brasil está num ciclo vicioso em que a falta de educação nos impede de ampliá-la.

E como se faz um ciclo entrar em espiral? Borrifando pergume ou aplicando golpes?

Sem escolas de verdade não há futuro, sem futuro, o que vier é lucro, e assim vamos marchando gerando lucros para as multinacionais da tríade (USA, EU, JP) e ensaiando uma ridicula competição no mercado agrícola internacional. Realmente, somos e seremos a roça do mundo.