Nesse tópico pretendo abordar a influencia das relações geo-políticas mundias em diferentes estados brasileiros.
Temos sofrido uma avalanche de manufaturados chineses em nossas prateleiras.
A competitividade dos produtos chineses está baseada no tripé: pouco salário, muita gente e câmbio favorável administrado.
Pagar um operario chinês é em média bem mais barato do que pagar um operário brasileiro. Sendo o custo produtivo um dos fatores determinantes na decisão dos empreendedores internacionais, e por que não dizer de qualquer investidor, a China acaba recebendo uma verdadeira avalanche de dólares. Gastando menos com salários, o preço final é menor e a lucratividade aumenta.
Inclúe-se tambem nessas condições a Índia.
A concorrência do mundo captalista faz com que as tensões se acumulem e resultem em um equilíbrio dinâmico e conflituoso.
Um dos estados brasileiros mais afetados pela invasão dos produtos chineses, especialmente dos calçados, foi o Rio Grande do Sul.
Em 2004 só no Rio Grande do Sul concentravam-se aproximadamente 37% das 7.500 fábricas de calçados do País.
Juntamente com a quebra de safra em 2004 e a desvalorização do dólar, a invasão chinesa prejudicou a economia gaúcha de maneira importante.
Uma das maiores e mais importantes empresas de calçados do país, a Reichert Calçados, no Rio Grande do Sul, não resistiu à desvalorização do dólar e anunciou que fecha suas portas em julho, com a demissão de 4 mil trabalhadores.
A desvalorização do dólar se deve a dois fatores: O bom desempenho das exportações brasileiras culminando com o superávit comercial gerado, em parte pela exportação de Aço por exemplo, quem tem o preço puxado pela demanda chinesa.
Um estado como o Espírito Santo, onde opera a CST, tem um salto de arrecadação que com certeza terá um impacto nas finanças públicas.
Uma coisa é importante lembrar, chinês não tem direitos, será que precisaremos perder os nossos em nome da competição?